É importante reduzir as ameaças que as espécies selvagens enfrentam e por isso, partilhamos consigo como pode a inteligência artificial ajudar a salvar a vida selvagem.
Um artigo do jornal “The Guardian”, indica-nos cinco parâmetros em que a inteligência artificial pode ser uma aliada para salvar parte da vida selvagem:
- Parar a caça furtiva – A caça furtiva no parque nacional de Kafue, na Zâmbia, (com cerca de 22.400 quilómetros quadrados) e a pesca ilegal no Lago Itezhi-Tezhi, na fronteira do parque, são um grande problema devido aos recursos insuficientes para proteger estas áreas. No entanto, através de câmaras térmicas infravermelhas, é possível registar todas as travessias de barco dentro e fora do parque, de dia e de noite e alertar as equipas de guardas-florestais imediatamente, de forma automática.
- Acompanhar a perda de água – No Brasil, devido a diversos fatores como: o desenvolvimento económico, a população crescente ou o desmatamento, os rios, lagos e pântanos, têm enfrentado uma pressão crescente. Sem a ajuda dos satélites Landsat 5, 7 e 8 da Nasa e das 150.000 imagens geradas pelos mesmos, os investigadores não teriam conseguido perceber e analisar a gravidade da perda de água em vários territórios.
- Encontrar baleias – Para proteger as baleias, é necessário saber onde estas se encontram. Nas ilhas do Pacífico, a Associação Nacional dos Oceanos e da Atmosfera, utiliza gravadores acústicos para monitorizar as populações de mamíferos marinhos em ilhas remotas e de difícil acesso.
- Proteger Coalas - Os coalas da Austrália estão em extinção devido a vários fatores, nomeadamente acidentes rodoviários ou incêndios florestais.
Grant Hamilton, professor da Universidade de Queensland, com o objetivo de contar coalas e evitar a sua extinção, criou um centro de inteligência artificial com fundos federais, onde utiliza drones e imagens infravermelhas que determinam se uma assinatura de calor é um coala ou outro animal.
- Contar espécies em extinção – Para salvar espécies à beira da extinção na bacia do Congo, a empresa Appsilon juntou-se à Universidade de Stirling e à Agência de Parques Nacionais do Gabão para desenvolver o Mbaza. Trata-se de uma tecnologia de inteligência artificial, que permite ver e identificar em grande escala várias espécies de animais com uma precisão de 96%. A inteligência artificial, consegue catalogar mais de três mil imagens por hora e os guardas dos parques podem rapidamente encontrar anomalias ou sinais alarmantes.
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